5 estratégias para ter uma relação mais leve e saudável com a comida

Karla Milena Bornelli

6/21/20252 min read

Você sente que está sempre em guerra com a comida? Culpa após comer, controle excessivo, dietas restritivas, efeito sanfona… Se alimentar, que deveria ser um gesto natural de cuidado, acaba se tornando motivo de sofrimento?

A boa notícia é que essa relação pode, sim, ser transformada. E ela não precisa ser baseada em culpa ou punição. Neste artigo, quero compartilhar cinco estratégias práticas para desenvolver uma relação mais saudável, equilibrada e leve com a comida — e com você mesma.

Vamos começar?

1. Pratique a escuta do seu corpo

Nosso corpo fala o tempo todo — mas nem sempre estamos ouvindo.

Aprender a identificar os sinais reais de fome e saciedade é essencial para desenvolver uma alimentação intuitiva. Comer com atenção ao que o corpo está pedindo ajuda a evitar tanto os excessos quanto as restrições desnecessárias.

Pode não ser simples no início, especialmente se você vem de uma história de dietas frequentes. Mas, aos poucos, tente se perguntar: estou com fome física ou com fome emocional?
Coma quando estiver com fome e procure parar ao se sentir satisfeita — não estufada, apenas nutrida.

2. Permita-se comer o que gosta

Sim, é possível incluir todos os alimentos em uma alimentação equilibrada.

Proibir alimentos ou criar listas rígidas do que é "certo" ou "errado" apenas aumenta o desejo e o risco de compulsão. Ao se permitir saborear com presença aquilo que você gosta, o alimento deixa de ser um vilão.

Estar presente durante a refeição, sem distrações, também contribui para mais consciência e menos culpa.

3. Abandone a mentalidade de "dieta"

A cultura da dieta nos ensina a viver em ciclos de restrição e compensação — o famoso "come, culpa, restringe, repete".

Dietas muito restritivas costumam gerar frustração, culpa e até episódios de compulsão. O caminho está em optar por uma alimentação variada e equilibrada, que respeite sua realidade, sua rotina e suas preferências.

Mais do que controlar, é importante nutrir. Fazer escolhas que cuidem do corpo e da mente, e não que punam ou castiguem.

4. Observe seus gatilhos emocionais

Nem sempre comemos por fome física. Muitas vezes, comemos para lidar com emoções — tristeza, ansiedade, tédio, estresse.

Desenvolver consciência sobre isso é um passo fundamental. Pergunte-se: estou com fome ou estou emocionalmente ativada?

Reconhecer os gatilhos e buscar estratégias saudáveis para lidar com eles (como conversar com alguém, escrever, respirar fundo ou caminhar) ajuda a reduzir o chamado comer emocional.

5. Seja gentil consigo mesma

Comer não é um teste de disciplina, é um ato humano.

Errar, exagerar, sair da rotina… tudo isso faz parte. O mais importante é a maneira como você se trata nessas situações.

Autocompaixão, aceitação e autocuidado são ingredientes fundamentais para cultivar uma relação positiva com o corpo e com a comida. Lembre-se: a mudança começa com acolhimento, não com punição.

Um passo de cada vez

Construir uma relação mais leve com a comida não acontece da noite para o dia. Mas começa com pequenas escolhas diárias. E, sobretudo, com a decisão de tratar-se com mais carinho e menos julgamento.

Qual dessas estratégias você sente que precisa praticar hoje?

Se este artigo fez sentido para você, salve para reler sempre que precisar, compartilhe com quem pode se beneficiar e, se quiser, me conte: como anda sua relação com a comida?

Karla Milena Bornelli
Psicóloga Clínica | CRP 08/45303
@psico.karlamilena
WhatsApp: (44) 9 9132-0337